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Podemos

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É impossível rechaçar a corrupção sem rechaçar o sistema. A corrupção é o próprio sistema.

A Folha de S. Paulo de hoje traz uma interessante matéria sobre o Podemos, da Espanha. De certo, é um pouco constrangedor, a um dos principais jornais da burguesia brasileira, ter que abordar o assunto. Tentando politizar o mínimo possível o fenômeno, o jornal atribui quase todo o sucesso do partido espanhol ao fato dele ser uma “alternativa aos corruptos”. Sem, contudo, conseguir evitar as palavras: “o Podemos é alheio ao sistema”.

É claro que o jornal sequer aborda o tema de, há mais de 3 anos, a Espanha ser palco de algumas das principais mobilizações de massas do mundo. (Fosse a Folha de São Paulo um periódico espanhol, de certo já haveria escrito, alguns anos atrás, um editorial intitulado “Retomar la Puerta Del Sol”.). Só pode se afirmar verdadeiramente como uma alternativa à corrupção um partido que se ligue às lutas do povo e, principalmente, que proponha um programa que ataque os privilégios da elite econômica. Que ataque o sistema. E, na Espanha, o espanto do povo com os escândalos de corrupção, que se intensificaram há mais de um ano, apenas se somou aos escândalos que vinham de mais tempo, diante da austeridade crescente, da retirada de direitos, dos obscenos despejos de famílias. O povo pobre é mesmo roubado a todo momento, por todos os lados, por corruptos e canalhas de plantão que governam a Espanha e o mundo para seus privilégios de classe. A corrupção desmoraliza esses políticos e seus “castelos”.

No Brasil, espero que a operação Lava Jato vá fundo, e corroa cada vez mais as já podres pilastras que sustentam os palácios em que estão os políticos do PT, PSDB, PMDB e cia. Que a revolta do povo com a corrupção cresça, se somando à revolta diante dos “ajustes”, do novo trio do velho tripé econômico de Dilma-Lula-FHC, da falta d’água de Alckmin, do tarifaços e dos estelionatos eleitorais. Que o povo arranque cada “paralelepípedo” do chão (daqueles plantados por meio dos “acertos” corruptos das empreiteiras) para arremessá-los na cabeça de quem quiser e construir as coisas de outra maneira.

Desde a já distante disputa interna, no PSOL, pela indicação do nome de Luciana Genro à candidata à presidência, me lembro de nossa porta-voz sempre dizer: é preciso atacar o sistema. Atacar o sistema. Também no Brasil, nós Podemos.


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